As voltas que a vida dá

março 29, 2013

Conheci você numa noite fria de junho. Você aparentava ser mais velho, e ter uma namorada também. Porém, você era poucos meses mais velho do que eu e não tinha nenhuma namorada. Mas não me aproximei de você com segundas intenções. Mas não vou dizer que não te achei lindo. Você é um cara que tinha muitos valores e eu, queria a todo custo preservar a nossa amizade. Não vou dizer também que não foi embaraçoso. Tudo ocorreu naturalmente. Você supriu de alguma forma uma angústia que havia dentro de mim. Em dias, você foi meu tudo. Sem exagero. E eu sabia que depois desses dias tudo o que existiu entre a gente ia acabar. Pra sempre.
Mas entre sua canalhice explicita foi que eu me apaixonei. E cultivamos durante algum tempo o que aconteceu entre nós. Eu sei que você não gostava de mim, mas, assim como eu,  você precisava de mim. Hoje já não tenho tanta certeza sobre os sentimentos. As vezes sinto que estou apaixonada. Mas as vezes sei que o que sinto por você não chega nem perto e gostar. Sinto a mesma coisa de você, só que estamos sempre nos repelindo. Chega até ser engraçado.
Temos sintonia. Muita sintonia. E mesmo a vida nos repelindo quase sempre, as vezes ela da uma ajudinha. Entre todas as voltas que a vida dá, ela sempre me empurra pra você. Quero acima de tudo sua amizade e já estou me sentindo como a Emma do livro Um Dia. Mas isso não importa. O que importa é que estou com você, independente das voltas que a vida dá. Sendo meu amigo, ou até, meu namorado.

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